Fala aê galera, hoje mais um destino na linda Grécia *-* Atenas, capital do país, é um mergulho no passado, é abrir o livro de história que todos reviraram desde a escola e entrar nele. A sensação de estar lá, de contemplar os templos e ver que tudo o que vimos em fotos é real, você pode sentir a vibração dos lugares e passa um filme de como tudo aquilo foi construído, mantido e também de todas as guerras que aqueles monumentos resistiram para estarem lá hoje. Vem viajar também!
Ainda estou contando sobre os passeios que fizemos com o cruzeiro na Europa, e isso está longe de acabar :DD Bom gente, essa parada foi muito mágica, novamente tivemos apenas algumas horas, naquele solzão de verão de Atenas, chegamos a pegar 34°C naquele dia (última semana de julho), e minha gente, estava BEM MUITO calor ;~ O primeiro passo ao sair do porto foi procurar por um ônibus de turismo ou um táxi. Como já havíamos falado com uns amigos que haviam feito quase o mesmo roteiro uns meses antes, de novo, optamos por não pegar excursão do próprio navio. Lembro que quem gosta de mais conforto, não quer planejar muito e tem uma graninha extra para gastar, deve sim pegar as excursões que o navio oferece, afinal, são sempre muito bem preparadas e tem diversas opções.
Então, ao sair do porto, que por sinal é bem grande e fica bem pertinho da cidade. Na verdade, o nome da cidade de parada é no Porto de Piraeus, e não Atenas. Mas Piraeus, na verdade, fica dentro da “grande” Atenas, como se fosse uma cidadezinha menor, que se juntou à capital, realmente, não dá para saber aonde termina uma e começa a outra. Enfim, na saída do porto encontramos um taxista que nos ofereceu um passeio “guiado” e visita aos pontos mais conhecidos e possíveis de serem vistos em tão pouco tempo. Estávamos em cinco adultos e uma criança, e ele nos ofereceu o transporte por 80 euros, que pagaríamos apenas se gostássemos do passeio. Além disso, o achamos muito legal e prestativo, falava inglês e italiano, chegou a dizer que acha o povo Grego, muito parecido com o Brasileiro, pelo grande coração e alegria que os dois possuem (tivemos que concordar).
Ele foi explicando muitas histórias e lendas no caminho e então chegamos a primeira parada, à uns 10min do porto, era o Templo de Zeus. Duas fotos acima você pode ver o que restou da entrada do templo, e a foto logo acima é do que restou do templo em si. O complexo parecia ser bem grande, mas com as guerras e a cidade se aproximando muito dos monumentos, foi isso que restou e que conseguiram cercar para que ninguém se aproximasse sem o devido cuidado. O taxista nos disse que a maioria dos monumentos foram destruídos, o que se pode ver hoje é bem menos de 50% do que tinha restado após as guerras por território. Você pode entrar no templo comprando o ingresso, ou apenas tirar algumas fotos do lado de fora da cerca, como fizemos. O ruim é que são apenas algumas colunas em pé, outras no chão. Na verdade é um pouco triste, saber que derrubaram tudo ;~ os detalhes das colunas são lindos (vi com o zoom da camêra).
Depois de uns minutos no templo de Zeus, o taxista nos levou ao monte aonde fica a acrópole, e nos deixou lá por 3h, no início achamos que era muito, mas logo entendemos o porquê. O Teatro de Herodes Atticus, será o primeiro monumento depois da entrada no sítio. A visão da foto acima é de antes de você entrar na Acrópole, mas na chegada, lá embaixo, verá a entrada para o palco e as arquibancadas. Esse teatro ainda funciona e tem muitas apresentações durante o verão, principalmente, se você estiver com tempo e for passar uma noite, pesquise que de repente você consiga uma data com alguma apresentação. Havia do outro lado um mesmo teatro, como esse, mas só um foi reconstruído, justamente para dar a ideia de como era o outro.
As 3h que o taxista disse que ia nos deixar por lá, nem era pelo tamanho do sítio arqueológico, mas sim, pelo tamanho da fila que tivemos que enfrentar para conseguir o ingresso de entrada. Infelizmente não tirei nenhuma foto, mas ficamos 1h30min em pé esperando para chegar na bilheteria. Minha gente, era muuuuuito calor. Comprei uma espécie de sombrinha, porque tivemos que ficar no sol por um tempo, mas ainda bem que tinham umas oliveiras para aliviar o calorão, mas só adiantou um pouco, porque o tempo ficou muito abafado, lembre de levar água, sério mesmo. O ingresso regular custou 20 euros, crianças até 12 anos e pessoas acima de 60 anos tem desconto, tentamos usar nossa carteirinha de estudante internacional, mas não aceitaram. Depois que voltamos da viagem, li em alguns lugares que esse ingresso dá direito a entrar em vários outros lugares, como o templo de Zeus e a biblioteca pública, mas não tenho certeza, quando for, pergunte ao taxista. A foto aí de cima, é da entrada do sítio, depois que você passou as catracas, passou pelo teatro e já está subindo em direção à entrada. É muuuuito movimentado e tem muita pedra solta, se você estiver indo com crianças ou idosos, tenha cuidado para não se perderem e não caírem.
A Acrópole, patrimônio mundial da UNESCO, é uma colina rochosa que pode ser vista de todos os pontos da cidade de Atenas, se ergue 150m acima do nível do mar e é lá em cima que você encontrará o Parthenon. Embora muitas acrópoles podem ser encontradas no país, essa é sem dúvida a mais famosa e mais visitada. A Acrópole foi construída por volta do ano 450 a.C. como oferenda e para servir de templo da Deusa protetora da cidade, Atenas.
Quando fomos, um dos lados do Parthenon estava passando por restauração, afinal, ninguém quer perder nenhum pedacinho do que está construído ali. O monumento é muito grande e infelizmente não se pode acessar a parte interna, principalmente, por segurança dos visitantes. Aliás, não tente encostar em nada, nem pegar uma pedrinha de lembrança, tem seguranças por toda a parte e eles estão observando você. Infelizmente, lá em cima não tem aonde se esconder do sol, ao lado do Parthenon, na parte de trás, você encontrará um bebedouro com água potável, pode aproveitar para encher sua garrafinha pois é de graça. O Parthenon é um edifício muito antigo, por mil anos foi o templo da Deusa Atenas, depois passou a ser igreja cristã, depois foi mesquita, foi muito danificado quando o usaram para estocar pólvora durante guerras no século XVII, e só mais tarde, depois da independência da Grécia é que ele voltou a ser um ícone da história do país, sendo então reconstruído parcialmente, como hoje pode-se notar as várias colunas em cores diferentes de mármore.
No lado oeste do Parthenon, você encontrará o Erecteion, um templo utilizado para práticas sacras em honra à Deusa Atenas. A arquitetura dele é muito bonita, onde em um dos lados figuras de mulheres, chamadas de “cariátides”, foram utilizadas no lugar de pilares. Do outro, a arquitetura é de pilares gregos normais, mas muito bem feitos e cheios de detalhes no topo.
Atrás do Parthenon você encontrará os banheiros e também uma linda vista da cidade de Atenas. Muitos lugares da Acropóle são inacessíveis para caminhar, apenas pode-se observar, como o local entre o Parthenon e o Erecteion, onde havia ali um outro templo, de Ártemis Baurônica. A visita à Acrópole é muito linda e proporciona uma viagem no tempo, dá para se imaginar muita coisa. De lá, você ainda verá outros pontos turísticos da cidade, não tão movimentados, mas igualmente importantes. O taxista ainda nos falou sobre um templo bem mais conservado, mas que ficava à 100km de Atenas, que é o Templo de Posseidon e fica na costa. Ficamos com muita vontade de conhecer e com certeza voltaremos para ir até lá.
A próxima parada seria então o Palácio do Parlamento grego e lá pudemos ver a troca de guarda, que ocorre todos dos dias do ano de hora em hora (faça chuva, sol, frio, calor, neve, vento…) com direito à “dança” típica e tudo. Você não paga nada para observar ou tirar uma foto com os guardas, apenas precisa ter alguns cuidados quanto à tirar a foto, pois eles pedem respeito, então no máximo um sorriso, não se pode fazer nenhum gesto com a mão ou encostar no guarda.
O guia ainda nos explicou sobre o significado da vestimenta dos guardas, ao qual seria a boina vermelha relembrando o sangue derramado na morte dos soldados em guerra, a franja preta presa à boina seriam as lágrimas de todos os gregos pela tristeza da morte de seus familiares, o sapato com o pompom (que parece ser muito pesado, pois faz muito barulho quando caminham) representa os cavalos utilizados nas guerras.
Lá também você encontrará o túmulo do soldado desconhecido, que está ali representando e honrando todos os mortos em guerras na defesa do país.
Próximo ao parlamento grego, você encontrará o antigo prédio da Universidade Nacional e Capodistriana de Atenas, que foi fundada em 1837. Ao lado você entrará a Biblioteca Nacional e também um prédio da Academia de Atenas. Mesmo já construídos na época moderna, conservam a arquitetura antiga da Grécia.
Depois, passamos à parte dos jogos olímpicos. A Grécia, como sabido, é o berço dos jogos olímpicos e por isso abrigou os primeiros jogos olímpicos da era moderna, no ano de 1896. Para chegar até o Estádio Olímpico, palco da abertura e de provas de atletismo, passamos por bairros lindos da cidade, muito arborizados. A estátua da foto acima é feita de vidro e representa a velocidade do atleta que corre, é muito linda e grande.
Perto da estátua você chegará ao estádio nacional, aonde está a chama olímpica original, a que nunca se apaga. Você pode pagar para entrar e conhecer a parte interna e ver a chama e outros itens referentes às olimpíadas, faça isso se estiver com tempo. Ao lado de fora você encontrará uma loja de souvenires com diversas lembrancinhas do lugar. Se quiser pagar mais barato, peça para o seu taxista te deixar no centro, perto do porto, lá você encontrará diversas lojinhas e um preço mais acessível. E lá foi nossa última parada.
Ao fim do nosso passeio de carro, o taxista então, nos deu algumas direções e nos deixou à umas duas quadras do porto, aonde tem vários restaurantes e lojinhas para fazer umas compras. P.s.: pagamos 10 euros a mais para o taxista, afinal ele foi muito solícito, e ele pareceu muuuito feliz e agradecido pelo dinheiro a mais, ficamos muito felizes também. A Grécia está passando por momentos difíceis na economia, portanto é muito fácil achar restaurantes com preços muito bons, e que servem a água de graça, como o restaurante abaixo.
Por apenas DOIS euros comemos esse Wrap delicioso e feito na hora com aquela carne de “gyrus”, era muito grande e deu certinho para matar nossa fome. Infelizmente não consegui achar o endereço desse restaurante, na verdade, queria agradecer à Apple e o localizador do celular que salvaram a localização da foto (yuuup), esse restaurante fica próximo da esquina da rua “Boumpolinas” com a rua “Karaiskou” 😀 fomos muito bem recebidos e atendidos. Tinham outros pratos típicos e nenhum passava dos 7 euros.
E aí, não sairíamos da Grécia sem experimentar o yogurte grego original né haha Bem ao lado do restaurante do wrap tinha um tipo de mercearia com coisas para dieta e tal, e tinha o tal do yorgurte. Compramos e logo fomos experimentar, realmente, a consistência é bem maior que do yorgurte normal, mas o gosto… achamos muito forte, quase chegando à ser um pouco azedo (faltava quase um mês pra vencer a validade ruehurhe), voltamos para a loja para comprar uma chimia (tá, geléia, para quem não foi criado na casa da nona ruehrhehr) de morango para misturar, aí sim ficou bem bom e comível, não deixem de experimentar hein.
Bom galera, essa foi a história da passagem na linda cidade de Atenas. Espero que tenham aproveitado e a anotado as dicas, e gostado das fotos, foi tudo feito com muito carinho. Se gostaram mesmo, curtam nossa página, nosso insta (lá tem muitas fotos lindas também) e recomendem o site para os amigos 😀 vejo vocês no próximo post ;**
Siane Camila Luzzi
Engenheira Ambiental, 29 anos, de coração e tradição gaúchos, está fazendo doutorado na UMN, em Minneapolis, EUA. Fica super ansiosa antes de qualquer viagem, do tipo hiperativa, que refaz a mala no mínimo 5x, fica correndo de um lado pro outro e não dorme nas noites anteriores à viagem. Contato: sianeluzzi@gmail.com
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