MSC Seaside: Ilha de St. Martin – Philipsburg
América Central

MSC Seaside: Ilha de St. Martin – Philipsburg

América do Norte Lake Louise, Moraine Lake, Banff National Park e muito mais Publicado por Siane Camila Luzzi em 27 de November de 2016

Que o Canadá é de uma beleza estonteante em todas as estações (com suas particularidades, claro), todo mundo sabe! Que eu sou apaixonada por esse país, também! Mas uma coisa tenho que contar, sempre que perguntam o lugar mais lindo que eu visitei, se tratando de natureza, não tenho a menor dúvida em responder que foi a região das montanhas rochosas do Canadá. Mas talvez você ainda não conheça a região dos belos lagos do Canadá, ou conhece e não sabe que aquela imagem linda é de lá. Vem saber um pouquinho mais sobre essa região belíssima e que enche os olhos de todos os apaixonados por natureza e tranquilidade!

 

 

Moraine Lake

 

 

ooi gente linda 😀

 

Bom, vamos começar do começo, ou do fim, porque se você não tem certeza que quer ler, vá para o fim do post e veja o vídeo, que a vontade de saber tudo sobre esses lugares irá surgir. Esse passeio foi feito enquanto eu estava no intercâmbio na cidade de Thunder Bay, que fica bem na borda oeste do Lake Superior, na província de Ontario (prometo que farei um post tentando contar sobre). Essa viagem foi “um pouco” de loucura, pois não tínhamos muito tempo para fazê-la, mas seria a única época em que poderíamos visitar esses locais antes de voltar para casa, já que reza a lenda, que ir para o Canadá e não conhecer a região dos lagos, não é ir para o Canadá. Também, com o orçamento limitado, alugamos um carro para fazer a viagem, já que poderíamos dividir tudo em cinco. Bom, para conseguirmos ir na época em que é possível andar por lá com segurança, sem o perigo da neve trancar estradas e dos parques estarem fechados, pedimos uma folguinha de dois dias (mais o fim de semana) para o nosso orientador, que por sinal, queria que ficássemos mais por lá, mas o dinheiro era curto, então nem pudemos aceitar, resultado: 24h de ida e 25h de volta (sim, diretão).

 

 

Chegada em Banff

 

 

Como diria nosso orientador, “I loved”, capaz, era a outra frase “copy and paste, copy and paste”, entre Thunder Bay e Calgary  foi assim gente, 2.100km de uma rodovia maravilhosa, não muito movimentada, e a paisagem era Ctrl+C e Ctrl+V de: feno. Em alguns pontos você poderá ver os trens de carga passando ao lado da rodovia, por isso o fluxo de caminhões é tão pequeno nas estradas. A passagem por Calgary vou deixar para um próximo post. A foto aí de cima já é da estrada entre Calgary e Banff (aproximadamente 130km), juro para vocês, “DO NADA”, as montanhas começam a surgir na linha do horizonte e conforme os quilômetros passam elas vão ficando cada vez mais gigantescas e exuberantes. Chegamos em Banff logo pela manhã, saímos beeem cedinho de Calgary, então pudemos aproveitar todo o dia por lá.

 

 

Montanha Banff

 

 

O hostel que escolhemos dessa vez foi o Hi-Banff Alpine Center. Pagamos super barato (se não me engano foram CAD24,00 por noite), mesmo em alta temporada. Ele fica em um dos lados dessa montanha encantadora aí de cima, não bem no centro da cidade, mas não longe. Não incluía café-da-manhã (mas era só pagar a parte), mas as instalações eram muito boas, com lareiras e sofás nas áreas comuns. Quanto ao café, passamos na Starbucks que fica dentro de um supermercado e estava tudo certo. Os quartos para 4 pessoas são um pouco pequenos, mas com banheiro individual, e os de 6 já eram bem maiores, tudo feito em madeira, algumas camas bem rústicas, chegando a ter os troncos de árvores inteiros, apenas com um verniz por cima. Mesmo no alto do verão, as temperaturas não passaram de 15°C, portanto, aquela jaqueta ou moletom é muito bem-vindo na mala, principalmente, quando os dias estiverem nublados. A montanha da foto acima é muito diferente de todas as outras, como se ela fosse cortada muito perfeitamente, ou feita apenas para nos lembrar de como na natureza é incrível.

 

 

Peyto Lake

 

 

Iniciando os passeios, naquela mesma manhã entramos no Banff National Park. Embora não se saiba exatamente aonde começa, quando você vai visitar os lagos, como o Peyto Lake, da foto acima, você precisará passar por um quiosque e de dentro do carro mesmo, você pagará uma taxa de CAD20,00 para cada dia de permanência no parque (por carro), com isso você receberá um bilhete para deixar visível no carro, comprovando o pagamento. Você não pagará estacionamento dentro do parque ou qualquer coisa, e é bem seguro, fique tranquilo quanto à isso. O parque foi criado no ano de 1885 e fica todo na província de  Alberta, logo acima, em suas pesquisas você vai encontrar o Jasper National Park e também o Yoho National Park, que já ficam na província de British Columbia, mas não deu tempo de conhecermos (apenas o Emerald Lake, que fica no Yoho, as fotos estão mais aí embaixo), mais um motivo para voltar né? haha O Banff National Park possui uma extensão de 6.641km² e mais de 1.600km de trilhas, que possuem todos os níveis de dificuldade. A recomendação para as trilhas é que se tenha um guia acompanhando, pois os grandes animais são totalmente livres dentro do parque, e pode ser que você encontre um urso com fome no caminho, embora o ambiente se mostre em equilíbrio lá, talvez não seja uma experiência muito amigável.

 

 

Bow Lake

 

 

Tanto na ida quanto na volta do Peyto Lake, você poderá parar para ver o Bow Lake, que fica bem na margem da estrada. Para se ter uma ideia, o Bow Lake estará à uma altitude de 1.920m, então, prepara o casaco, pois o vento é gelado. O lago não é muito extenso mas fica no pé de montanhas lindas e cheinhas de gelo no topo. A vontade é de passar muito tempo só observando aquela água maravilhosa.

 

 

Emerald Lake

 

 

Depois do Bow Lake, foi a vez do Emerald Lake, que fica na província de British Columbia e dentro do Yoho National Park. A distância entre esses dois é de aproximadamente 70km. Galera, não se preocupem com as distâncias de um lago à outro, primeiro porque as belezas são tantas que você nem nota quanto tempo passa ou quanto anda, segundo, que a gasolina é barata por lá :X O Emerald Lake, tem sim esse nome, pois a cor da água é de um verde esmeralda inexplicável. Pegamos poucas aberturas de sol enquanto estávamos lá (pior que isso, pegamos um baita chuvão), e o reflexo que dava na água era extraordinário, o coração palpita só de lembrar. Lá é possível fazer passeio de caiaque, não fizemos, pois a grana era curta e tínhamos combinado de fazer esse passeio no Lake Louise, mas vontade não faltava. Para curtir um pouco mais, você ainda pode passar em um pequeno restaurante bem em frente ao lago, para curtir um café ou um chocolate bem quentinho, ou ainda comer comida “de verdade” mesmo, só que prepara o bolso. Ainda na volta do Emerald Lake, passamos para dar uma primeira olhada no Lake Louise, mas a chuva foi tão forte, que o tempo fechou mesmo, e não dava para ver nem metade do lago, muito menos a famosa geleira que fica ao fundo.

 

 

Emerald Lake 2

 

 

Como já estava começando a escurecer, voltamos para o Hostel, pegamos os biquínis e sungas e fomos conhecer um pouco da cidade de Banff. A cidade é bem pequena, chega a ser quase um vilarejo, que se mantém apenas do turismo, com uma população fixa de pouco mais de sete mil pessoas. A cidade fica dentro do Banff National Park e aos pés daquela montanha da foto lá em cima (e das outras que ficam ao redor também, mas aquela é a mais impressionante e marcante). A cidade é super simpática e tem um estilo bem europeu, ou pra quem já visitou Gramado, aqui no Brasil, parece muito também. As ruas ficam cheias de turistas ao entardecer, e você também poderá ver os cavalos da região, que são gigantes e belos. No verão a cidade fica cheia de turistas que querem conhecer os lagos. Enquanto no inverno, o pessoal vai para aproveitar as muitas estações de esqui que ficam nas montanhas. Depois de conhecer a cidade e fazer um lanchinho, no início da noite fomos conhecer as “hot springs”, ou seja, as águas termais que a cidade tem (assistam o vídeo bem no fim do post). No topo de uma das montanhas você vai encontrar um conjunto com algumas piscinas à céu aberto, e embora do lado de fora a temperatura esteja perto dos 10°C, ou menos, a água estará perto dos 40°C, tornando muito agradável ficar embaixo da água. O que é enjoado, principalmente, no início, é o forte cheiro de enxofre, mas depois acostuma ou fica mais fraco, não sei. Bom, depois de toda a viagem de ida, esse momento foi muito ‘relax’ mesmo, com certeza recomendo a ida. P.s.: eles têm toalhas no local, você pagará CAD 3,00 para usar uma.

 

 

Moraine Lake 2

 

 

O segundo dia já iniciou bem melhor no quesito sol, e acordamos logo cedo para visitar o Lake Moraine (que aparece na primeira foto do post). Um dos caminhos até lá é bem estreito em sua maioria, passando por visões incríveis das montanhas e dos rios que se formam lá embaixo. Muitos (inclusive nós) param para tirar fotos, mas tem que ser rápido e estratégico (de novo, olhem o vídeo do fim do post), já que não tem muito lugar para deixar o carro. E quando você chega no lago a visão é divina, aí sim você percebe que o lugar daquelas fotos lindas é real mesmo, e você está ali. No Lake Moraine você também poderá alugar caiaque, e é bem menos movimentado que o Lake Louise ou o Emerald Lake, mas a beleza é igual ou ainda maior. Como vocês podem ver nas fotos, a água é muito cristalina, e começa bem transparente e depois parte para um verde translúcido divino. Entramos um pouco na água, mas apenas até as canelas, pois estava geladíssima, os dedos doíam muito depois e a pele ficou amortecida, sem exageros. Você encontrará algumas  trilhas na beira do lago, onde poderá chegar até o outro lado, e são bem seguras de fazer, mas apenas nos caminhos já marcados. Tem uns bancos para sentar e apenas admirar aquela natureza linda, só aproveite aquele momento.

 

 

Lake Louise

 

 

Por último, mas não menos importante ou belo, o Lake Louise, talvez o mais famoso, visitado e cobiçado de todos os lagos da região. No primeiro dia não demos muita sorte, mas o segundo estava muito lindo, apenas com algumas nuvens no céu. Mas então pudemos ver sua cor real e ver a geleira ao fundo. A água é de um verde leitoso, muito diferente dos outros lagos, aliás, nenhum é igual ao outro.

 

 

Lake Louise 2

 

 

Claro que não poderia faltar a foto nos caiaques e com a geleira ao fundo, e também, com quem fez essa viagem ser incrível e inesquecível (obrigada seus lindos *-* saudades!). Não conseguimos ir até o fim da geleira, pois é muito longe, embora não pareça, e se fossemos ultrapassaria o tempo com os caiaques, mas quase chegamos lá! Pelo amor de Deus, quem for fazer isso, cuidado pra não virar e cair na água, é gelada demais minha gente.

 

 

Resort Lake Louise

 

 

De dentro do lago você terá uma visão linda do Resort que fica à beira do lago, imaginei mil vezes acordar, abrir a janela do quarto e dar de cara com o Lake Louise *—* Se você quer um lugar divino para as fotos de casamento ou uma lua de mel, lá é muito romântico, considere esse lugar, sério mesmo! Ainda, ao lado direito dessa foto, tem uma trilha que você pode fazer e subir a montanha que fica ao lado, e lá de cima ter uma visão panorâmica do lago, da geleira e do resort (não paga nada para fazer as trilhas gente, se você estiver com tempo e as pernas em dia, não tem porque não aproveitar).

 

 

Johnston Cascades

 

 

Já estava na hora de começarmos a volta para casa, e no caminho, bem perto da entrada para a cidade de Banff, você poderá visitar o Johnston Canyon, onde você poderá ver duas cachoeiras lindas, mas você terá que andar um pouco para encontrar. O caminho é bem sinalizado e cheio de turistas, a menor (essa da foto) é bem tranquila de chegar, você seguirá por um caminho ao lado do rio, que fazem pequenas corredeiras. Se quiser conhecer a outra, que dizem (a gente não foi) ser bem maior, você terá que enfrentar mais uns 200 degraus para chegar lá. A segunda cachoeira fica à uma altitude de 2.500m. A visita é rápida gente, principalmente, se você ir apenas na primeira cachoeira, e é muito linda, vale a pena. Ainda, antes de colocarmos o pé na estrada mesmo, passamos pelos Vermillion Lakes, que ficam bem na entrada da cidade e são bem diferentes. Você pode apenas parar no acostamento, eles são de cor mais terrosa e parecem ser bem rasos.

 

 

 

 

Para encerrar com chave de ouro, deixo o vídeo acima para vocês contemplarem a beleza dos lugares e dividirem a alegria da viagem conosco! De novo, obrigada João, Joãozinho, Anna e Thiago, não consigo imaginar essa viagem com outras pessoas! Galera, espero vocês no próximo e se gostaram, lembrem de compartilhar em suas redes sociais ;*

Siane Camila Luzzi


Engenheira Ambiental, 29 anos, de coração e tradição gaúchos, está fazendo doutorado na UMN, em Minneapolis, EUA. Fica super ansiosa antes de qualquer viagem, do tipo hiperativa, que refaz a mala no mínimo 5x, fica correndo de um lado pro outro e não dorme nas noites anteriores à viagem. Contato: sianeluzzi@gmail.com

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